ANTÔNIO DESLUMBRADO NO PERCURSO DA FOME
Maria Doçura, todas as manhãs, dançava milho às galinhas. Não era simplesmente o ato de alimentá-las fisicamente; ela se comunicava e nutria suas almas através dos movimentos encantados e do calor dos seus poemas corporais.
Comendo desajeitado algo que conseguira numa bodega generosa, Antônio Deslumbrado é desafiado por um cão de rua. Muito magro, o animal emite um pedido fino e, após receber o alimento cedido por Antônio Deslumbrado, se põe a seguir seus passos.
— Venha comigo e descobrirás que comer apenas por fome não é o suficiente quando se conhece Maria Doçura, minha musa.
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