quinta-feira, dezembro 07, 2006
TARZAN NO BORDEL
TARZAN NO BORDEL (ou “meu deus, como eu não tenho ninguém!”)
Sentou-se à mesa decidido. Coca-cola, por favor! Não temos esse refrigerante. E qual vocês têm? Nenhum deles. Então vou ficar com sede? Temos cerveja e pinga. Então vou ficar com sede.
Um homem sentou ao seu lado. Vai hoje? O que disse? Vai um hoje? Não estou entendendo. Você é retardado ou o quê? Sou o quê. Vai tomar no cu!
Chamou o garçom mais uma vez. Tem água aí? Você está mesmo com sede. Tem ou não tem? Só da torneira e da privada. Traga-me um copo da torneira.
Copo d’água na mão, levantou-se e foi em direção a um casal que se esfregava numa mesa próxima à dele. Jogou a água no rosto da loira deformada. Você poderia ter sido minha. Você está louco? O que você pensa que está fazendo, mané? Você poderia ter sido minha! Dá um cascudo nele, negão! Eu não sou de ninguém, demente filho da puta! Vai sair na boa ou quer que eu ponha você pra fora daqui na porrada? Calma, Sérgio! Quero que você me ponha pra fora daqui na porrada.
Com a cara inchada e as roupas rasgadas, caído na calçada depois da surra que levara, ouviu o garçom, que viera para acudi-lo: são três reais pelo copo d’água.
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8 comentários:
Hahahahah
Ótimo!!
Monte de beijinhos...
:)
Isso me lembra o Almodovar!
:D
ai, meu deus, como eu não tenho ninguém!
e que água mais cara essa, hein?
hahaha ótimo texto.
=*
você é um puto
bichinho do Tarzan, eu já disse isso.
eu sou a anonima e burra, que esqueci de botar meu nome rs
esse cara é idiota ou o q?
o q. Definitivamente.
haha
=*
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