quarta-feira, janeiro 14, 2009

SOBRE A BELEZA FRÁGIL

SOBRE A BELEZA FRÁGIL



Ele era belo
e oco.

Um dia, abriram-lhe a boca oca
e as orelhas e as narinas limpas
e o ânus e a cabeça vazia
e em todos os orifícios
enfiaram pequenas lanternas.

Oh, triste e magnífica constatação!

Ele era belo e oco
e ecoava dentro de sua carcaça
o brilho reflexivo
de um milhão de teias de aranha.

3 comentários:

Renata disse...

ai

; nessa disse...

feito um cubo vazio.

Anônimo disse...

vazio, oco
eu rio
de um ser tão tolo.

na verdade qria fazer algo, legal, mas não deu =x rss

saudade imensa de vc... meu poeta fodástico!

=***