SOBRE A BELEZA FRÁGIL
Ele era belo
e oco.
Um dia, abriram-lhe a boca oca
e as orelhas e as narinas limpas
e o ânus e a cabeça vazia
e em todos os orifícios
enfiaram pequenas lanternas.
Oh, triste e magnífica constatação!
Ele era belo e oco
e ecoava dentro de sua carcaça
o brilho reflexivo
de um milhão de teias de aranha.
3 comentários:
ai
feito um cubo vazio.
vazio, oco
eu rio
de um ser tão tolo.
na verdade qria fazer algo, legal, mas não deu =x rss
saudade imensa de vc... meu poeta fodástico!
=***
Postar um comentário