Quando se pega pensando na
razão pessoal e filosófica
que leva os besouros suicidas
a se lançarem contra os pára-brisas
é que um homem percebe o quanto está realizado
Ali não precisávamos de mais nada
(a televisão mais próxima ficava a três dias de distância)
tínhamos tudo
e a terra nos chamava pelo nome
Éramos signos uns dos outros
e dignos
de sermos todos o mesmo
Num particular partilhado
cada partícula era o absoluto
e todo fundamental, uma parte
Mas voltamos...
Renata disse que
(eu concordei)
E Oliver
com uma (bela e) certa sede poética
apontando o horizonte:
(que luz teria orgulho de apagar o céu noturno?)
Havíamos levado tudo:
E apenas voltou conosco
uma saudade triste e grata
acenando para o passado
pela janela traseira
do carro
4 comentários:
Tenho uma bagagem cheia disso tudo.
De você,
de canções,
de amigos,
de simplicidade,
de diversão.
Fazer parte de todas as coisas faz de mim eu mesma.
Você contribui comigo.
Amo.
Beijos...
Maior retrato não há.
Saber que as reflexões feitas por pessoas felizes são as do tipo dessa do besouro, me deixa muito satisfeita com minha condição... "O joelho é cotovelo da perna ou o cotovelo é o joelho do braço? Barriga da bunda, barriga da perna..."
Realmente não precisa(va)mos de mais nada...
Já te perguntei o que terei de fazer com a solidão das minhas noites, não já?
Amo você...
Amo nós dois juntos...
Amo todos juntos...
Amo quando você transborda e transforma tudo em versos...
Olhos eternos para você, meu bem...
toda vez é essa tormenta
seu verso sempre desmascara
você para tudo
pra incorporar poesia
você refaz o mundo
do seu jeito
do mesmo jeito!
Recilebeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
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